Para quem gosta de música coral, na próxima quinta-feira dia 29/11 vai haver o encerramento da Oficina de Canto Coral do Centro Cultural de São Paulo.
Neste dia o Coral apresentará um repertório bastante variado de músicas brasileiras e internacionais, explorando a sonoridade dos universos erudito, popular e sacro.
Regência de Rafael Luperi com participação da turma da Oficina de Canto Coral.
Dia 29/11 - quinta - 20h30 Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Praça Mário Chamie (Bibliotecas)
O Voz Moscada estará presente no Encontro de Corais organizado pela PUC-SP.
Coros participantes: Cuca - Coral da PUC-SP Coral da Universidade Aberta à Maturidade - Cogeae - PUC-SP Coral Saúde - PUC-SP - Campus Sorocaba Coral Canto da Casa Grupo Vocal Voz Moscada
29/10/2012 20h Tucarena - Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes - São Paulo
Nas últimas semanas o Voz Moscada tem intensificado seus trabalhos. Estamos nos preparando para uma apresentação que acontecerá no dia 29 de outubro, no Tucarena.
Francis Jean Marcel Poulenc (Paris, 7 de janeiro de 1899 – 30 de janeiro de 1963) foi um compositor e pianista francês, autor de obras que abarcam a maior parte dos géneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música para bailado e música orquestral.
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compôr com 7 anos de idade. Aos 15 anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens). Poulenc nunca frequentou um conservatório, mas em 1920 decidiu estudar harmonia durante três anos com Charles Koechlin. Os seus conhecimentos de forma eram intuitivos, nunca estudou Contraponto nem Orquestração. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six"; Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense», isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Referiu a Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade Parisiense". Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente gay, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e inane durante um par de dias depois da morte aos 20 anos, na sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud foi decapitado num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano, em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo ums vasta gama de emoções. Compôs 3 óperas, sendo a maior "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista. A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.
A obra que o Voz Moscada começa a ensaiar é "Margoton va t'a l'iau" da série "Chansons Françaises" arranjo para coro misto a capella (SATB) de 1945.
O áudio a seguir é uma gravação desta canção tradicional francesa, realizada em 1921 por Paul Dufault.
Na última semana incluímos no nosso repertório uma peça de Astor Piazzolla, daquelas que não deixam indiferentes os que as ouvem. Os amantes do tango irão vibrar com essa obra que promete muito trabalho e a proporcional recompensa.
"Verano Porteño" (literalmente seria algo como Verão de Buenos Aires) é uma peça, que segundo pudemos apurar, foi composta por encomenda para uma obra de teatro - "Melenita de Oro" de Alberto Rodriguez Muñoz - junto a outras 3 canções.
Abaixo vocês podem conhecer um pouco sobre o disco, lançado em 1965, e também passear pela biografia desse argentino genial, que revolucionou a forma de entender o tango incluindo pinceladas de jazz e que por isso foi aclamado por uns e criticado por outros.
MELENITA DE ORO (POLYDOR 10068) [33rpm] 1965, Argentina. compilación: #37+#74+#78+#79[+4]: POCP-1714
Verano porteño Al compás de los tamangos C'est l'amour Tres Sargentos
Quinteto Nuevo Tango
Astor Piazzolla ("bandoneón", arranjo, direção)
Jaime Gosis (piano)
Antonio Agri (violino)
Kicho Díaz (baixo)
Oscar López Ruiz (guitarra)
Música: Astor Piazzolla
[G] 1965, Buenos Aires
Biografia de Astor Piazzolla
Astor Pantaleón Piazzolla, nascido no dia 11 de março de 1921 na cidade de Mar del Plata, passou a infância entre Buenos Aires e Nova York - mais na segunda cidade que na primeira. Começou a estudar música aos 9 anos nos Estados Unidos, dando continuidade em Buenos Aires e na Europa. Em 1935 teve um encontro quase místico com Carlos Gardel, ao participar como extra no filme El Día que me Quieras (o menino que entrega jornais).
Sua carreira começa verdadeiramente quando decide participar como bandoneonista na orquestra de Aníbal Troilo. Em 1952 ganha uma bolsa do governo francês para estudar com a legendária Nadia Boulanger, quem o incentivou a seguir seu próprio estilo. Em 1955, de volta a casa, Astor forma o Octeto Buenos Aires. Sua seleção de músicos - em uma experiência similar à jazzística norte-americana de Gerry Mulligan - termina delineando arranjos atrevidos e timbres pouco habituais para o tango, como a introdução de guitarra.
A presença de Astor gerou ao princípio receios, inveja e admiração entre a comunidade tangueira. Nos anos 60 Piazzolla teve que defender com unhas e dentes sua música, abalada pelas fortes críticas. A controvérsia girava em torno de se sua música era tango ou não, a tal ponto que Astor teve que chamá-la de "música contemporânea da cidade de Buenos Aires". Mas isso não era tudo: Astor provocava a todos com sua vestimenta informal, com sua pose para tocar o bandoneón (tocava de pé, quando a tradição era segurar o fole sentado) e com suas declarações que mais pareciam desafios.
A formação da primeira parte dos anos 60 foi, basicamente, o quinteto. Seu público era integrado por universitários, jovens e pelo setor intelectual, se bem estava longe de ser massivo. Astor já tinha fama de durão e bravo, de lutador, estava em pleno período criativo e se rodeou dos melhores músicos.
Com Adiós Nonino, Decarísimo e La Muerte del Ángel começou a trilhar um caminho de sucesso que tería picos em seu concerto no Philarmonic Hall de Nova York e na musicalização de poemas de Jorge Luis Borges.
Em seus últimos anos, Piazzolla preferiu apresentar-se em concertos como solista acompanhado por uma orquestra sinfônica com uma ou outra apresentação com seu quinteto. Foi assim que percorreu o mundo e ampliou a magnitude de seu público em cada continente pelo bem e a glória da música de Buenos Aires.
Astor Piazzolla faleceu em Buenos Aires no dia 4 de julho de 1992, mas deixou como legado sua inestimável obra e a enorme influência de seu estilo. Na verdade, a produção cultural sobre Piazzolla parece não ter fim: se estende ao cinema e ao teatro, é constantemente reeditada pelas discográficas e ganha vida na Fundación Piazzolla, liderada por sua viúva, Laura Escalada.
Na última semana começamos a ensaiar Canoa, Canoa de Nelson Ângelo e Fernando Brant.
A música fala sobre a tribo Avá-canoeiro.
Os índios Avá-canoeiro ficaram conhecidos na literatura histórica e na memória oral dos antigos goianos como o povo que mais resistiu ao colonizador, recusando-se terminantemente a estabelecer contato pacífico. Eles falam uma língua tupi-guarani e se autodenominam ãwa (gente, ser humano). Quando foram encontrados pelos primeiros colonizadores do Brasil Central, na segunda metade do século 18, moravam nas cabeceiras do Rio Tocantins, ocupando a Terra Indígena Taego Ãwa, que fica à margem direita do Rio Javaés, importante afluente do Araguaia. A perseguição incessante e o extermínio levaram à dispersão e fragmentação do grupo, reduzido hoje a 25 pessoas, segundo a Funai. (fonte: http://www.xingu-otomo.net.br)
Confiram a gravação realizada por Milton Nascimento para o álbum duplo Clube da Esquina 2, lançado em 1978.
Canoa, Canoa (Nelson Ângelo - Fernando Brant)
Canoa canoa desce
No meio do rio Araguaia desce
No meio da noite alta da floresta
Levando a solidão e a coragem
Dos homens que são
Ava avacanoê
Ava avacanoê
Avacanoeiro prefere as águas
Avacanoeiro prefere o rio
Avacanoeiro prefere os peixes
Avacanoeiro prefere remar
Ava prefere pescar
Ava prefere pescar
Revirando nossos arquivos, encontramos essa foto, feita na apresentação do Voz no Café Piu Piu, em Março de 2006.
19 de abril de 2012
Vídeo gravado em uma apresentação no Centro Cultural Ítalo-brasileiro em São José do Rio Pardo, durante a execução de Marambaia.
Este material está em nosso canal no Youtube ( www.youtube.com/vozmoscada ).
Amanhã o Voz começa os ensaios de Paixão e fé, de Tavinho Moura e Fernando Brant, aqui interpretada por Milton Nascimento.
Paixão e fé
Já bate o sino, bate na catedral E o som penetra todos os portais A igreja está chamando seus fiéis Para rezar por seu Senhor Para cantar a ressureição
E sai o povo pelas ruas a cobrir De areia e flores as pedras do chão Nas varandas vejo as moças e os lençóis Enquanto passa a procissão Louvando as coisas da fé
Velejar, velejei No mar do Senhor Lá eu vi a fé e a paixão Lá eu vi a agonia da barca dos homens
Já bate o sino, bate no coração E o povo põe de lado a sua dor Pelas ruas capistranas de toda cor Esquece a sua paixão Para viver a do Senhor
11 de abril de 2012. Essa é a data da ressurreição.
O Voz Moscada voltou.
Uma nova formação com gente das antigas e gente totalmente nova. Como o quadro ainda não está fechado, em breve postaremos a formação completa. A batuta continua a mesma, com Giuliana Frozoni à frente.
Foi ótimo poder voltar a ensaiar e adianto que a primeira peça está praticamente lida: um tango, "Nada", com música de José Dames e letra de Horacio Sanguinetti. O arranjo é de Eduardo Ferraudi.